Transição Capilar: deixe os cachos reinarem novamente!

A frase “em terra de chapinha, quem tem cacho é rainha” nunca foi tão reproduzida quanto agora, junto da quantidade de garotas que aparecem totalmente diferentes e iluminadas: o sorriso está sincero, os olhos brilham, tudo para gritar a alegria que as preenche: de ter os cachinhos de volta depois da transição capilar!

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Fernanda e Rayssa fazem parte disso. Na infância e adolescência começaram os comentários maldosos sobre seus cabelos.

“Tanto os meninos quanto as meninas me chamavam de vassoura, bombril, que eu era feia e que ninguém gostaria de mim com aquele cabelo. Por ouvir isso acabei acreditando e falava pra minha mãe que não gostava do meu cabelo porque ficava parecendo uma mendiga desarrumada”, relembra Rayssa, seguida de Fernanda. “Na adolescência eu nunca soube lidar com meus fios, sempre sofria com os comentários maldosos e apelidos. Junto da falta de referências na mídia, de produtos pra esse nicho e a pressão das pessoas me fizeram acreditar que eu só seria verdadeiramente bonita, se tivesse cabelos lisos”.

É desolador ouvir histórias assim.

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O processo de alisamento

A escolha de alisar os cabelos foi a melhor para elas saírem dessa situação de bullyng e racismo – sim, é.

Rayssa sentia-se diminuída por não existirem meninas brancas de cabelo cacheado na escola inteira, todas eram lisas ou onduladas. Ela precisava se encaixar.

Aos 15, para Fernanda foi uma libertação por um tempo, sua “escravidão” estava apenas começando.

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Em transição: deixe os cachos reinarem novamente

Durante o processo da progressiva, que durou cinco anos, Fernanda chegava a passar mal a ponto de ir ao hospital por conta de seus problemas respiratórios. Era o preço de ser aceita.

“Além do que pagava um dinheiro – que mal tinha – e passar por algo extremamente sofrido, só para ficar mais um mês com o cabelo “bonito”.

Já Rayssa aproveitava os benefícios de sair sem precisar pentear o cabelo ou até mesmo se olhar no espelho.

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O pensamento que vem após anos de escovas progressivas é a vontade de poder se livrar de algo que detona os cabelos e a auto estima.

Fernanda estava cansada de sofrer e via cada vez mais garotas na contramão disso tudo. Rayssa queria poder não se preocupar em entrar numa piscina ou pegar uma chuva inesperada.

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Que venha a transição!

Com toda a força que o cabelo cacheado está tendo nas redes sociais e até nos programas de TV e novelas, com Sheron Menezes, Taís Araújo e Cris Vianna, está mais fácil se ver representada como crespa ou cacheada. Isso se torna fundamental na nova busca de identidade dessas meninas, tão machucadas por não serem como são.

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É muita luta e paciência para chegar a esse patamar, escolher passar pela transição é importante para quem decide abandonar as químicas para aceitar seu cabelo como ele é. Demorado, o processo pode levar de um a dois anos e algumas decisões a serem tomadas podem apressar esse momento.

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O que se pretende, primeiramente, é não procurar mais a progressiva como alternativa. Algumas meninas preferem utilizar a chapinha, a escova e o baby liss enquanto os cachos não estão conforme elas imaginam, pois não utilizaram o BC (big chop, grande corte, traduzindo), para já terem um resultado cacheado com mais rapidez.

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Cabelos livres e cheios de vida

Fernanda e Rayssa preferiram ir aos poucos, tentando texturizações, usando baby liss, fazendo cortes necessários para retirar a parte lisa e muito, muito cuidado. Os elogios foram aparecendo, a identidade e a auto estima voltando aos pouquinhos. Porém, nem tudo são flores.

“Requer muita força de vontade, a falta de definição do cabelo, a diferença das texturas no fio são extremamente desmotivantes, teve momentos em que cogitei desistir de tudo, por sorte estava muito focada no resultado que queria chegar”, relembra Fernanda; um ano sem química, cinco meses sem ferramentas alisantes e quatro meses de low poo (técnica que lava os cabelos com pouco shampoo e com produtos com pouca agressividade aos fios), ela só podia se sentir diva, não?

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Dois anos depois da transição capilar, Rayssa aprendeu a “ler” seu cabelo, ver as necessidades dele e o que precisava para ficar bonito e bem cacheadão.

No começo ficava ondulado, ela usava o baby liss para dar mais definição; depois dele quebrar – melhor coisa, segundo ela – o uso de cremes adequados e o low poo ajudaram a trazer os elogios de volta.

“Meu recado para essas mulheres que estão em transição é para serem fortes e aguentarem firme porque é um sacrificio que vale muito a pena e não muda apenas o cabelo, mas muda a mulher por dentro, até porque não tem sensação melhor do que sentir-se linda do jeitinho que você é”.

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O Curso “Cuidados Para Cabelos Cacheados” é apresentado pela Youtuber e Blogueira Gill Vianna. Cacheada de nascença, assumida e apaixonada pelos cabelos que a natureza caprichosamente lhe deu, a incentivou a criar um canal no YouTube e logo depois um Blog para mostrar para meninas, mulheres e mães que é possível ter um cabelo cacheado natural, bonito e bem cuidado, e que para isso não é preciso recorrer ao salão de beleza, apenas saber comprar os produtos certos e sabe-los usar da maneira correta.

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