Intolerância à lactose : mitos e verdades

Mal estar no estômago ao ingerir leite de vaca e seus derivados, pode ser um caso de intolerância à lactose, distúrbio que prejudica a capacidade total ou parcial do organismo em digerir o açúcar do leite.

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Dessa forma, o organismo não consegue produzir em quantidade suficiente a lactase, enzima digestiva responsável por decompor a lactose, que acaba indo direto para o intestino grosso onde se associa à bactérias que causam diarreia, cólicas e aumento do volume abdominal. Os sintomas da síndrome variam de acordo com a quantidade de lactose ingerida de indivíduo para indivíduo.

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No Brasil, há um Projeto de Lei 2663/2003 que ainda está em votação, que tem o objetivo de obrigar os fabricantes de produtos que contenham lactose a informar no rótulo ou na embalagem a composição do produto.

intolerância à lactose

Muitas empresas nacionais e multinacionais do setor de alimentos, em especial as que vendem leite e seus derivados, já desenvolvem produtos sem lactose para atender a esse nicho de mercado.

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Causas da Intolerância à lactose

As causas da intolerância à lactose podem ser resultado de uma deficiência primária de lactase, de uma deficiência secundária e a ainda a congênita, que costuma ser extremamente rara.

A deficiência primária é a forma mais comum do distúrbio, por estar diretamente ligada à dieta dos indivíduos e consiste em uma diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da adolescência. Ao nascer, o organismo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição. Conforme a pessoa vai crescendo e introduzindo outros alimentos à sua dieta, há o declínio na produção de lactase, o que pode levar a um quadro de intolerância à lactose.

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Por isso que antes de cortar o leite de vaca da dieta das crianças, é necessário conversar com o pediatra, pois muitos não recomendam cortar definitivamente o leite da dieta infantil. Sem contar, que há outros nutrientes no leite importantes para a saúde, como as vitaminas A e D, a riboflavina e o fósforo, que terão que ser substituídos.

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A deficiência secundária de lactase é um distúrbio que resulta de doenças no intestino delgado, causados por exemplo, por uma gastroenterite aguda, diarreia persistente, ou outros danos na mucosa intestinal e pode acontecer em todas as idades, mas é mais comum na infância. Em bebês prematuros ou subnutridos que desenvolvem diarreia infecciosa, a intolerância à lactose pode ser um fator decisivo para determinar a evolução da doença.

Alguns produtos sem lactose disponíveis no mercado

E a deficiência congênita de lactase é extremamente rara e faz com que os bebês já nasçam sem produzir a enzima lactase.

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Diferente da alergia ao leite e seus derivados que é uma reação imunológica às proteínas do leite, que pode afetar o sistema respiratório e até causar irritações na pele, a intolerância à lactose pode requerer apenas mudanças na dieta do dia a dia, substituindo o leite de vaca por outras fontes de cálcio.

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O mais indicado é optar por produtos lácteos que não causam tanto incômodo ao digerir ou que não contenham lactose, como leite de cabra, leite de soja, etc.

Ler o rótulo dos produtos e alimentos também é primordial, pois muitas vezes, a lactose também é encontrada em alguns produtos não lácteos, como remédios e até em cervejas. Porém é importante a ajuda de um médico para avaliar se a intolerância à lactose está associada a outras doenças gastrointestinais, o que poderá causar desnutrição e perda de peso.

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